NOSSA MISSÃO É MAIS NOBRE DO QUE ALGUNS IMAGINAM

Tenho nas entranhas o vício do melhor atendimento ao cidadão. Desde jovem, quando aprendiz de "carimbador" e "entregador de intimações" no antigo CARTÓRIO POISL, eu com 16 anos de idade, achava que se poderia melhorar o serviço e o atendimento. E já dava meus "pitacos".

Depois, mediante concurso público, assumi as funções de "auxiliar de escrita referência 050" no Banco do Brasil, e, mediante concurso interno, fui guindado à condição de "150", agora já escriturário. Por seis anos fui bancário. Jamais gostei da profissão e da atividade.

Mas como me dizia um gerente auto-didata, na época: "se não fazes o que gostas, trata de gostar do que fazes!".  Pois mudei minha postura e consegui ficar "quase feliz" sendo bancário. Formei-me em direito, graças à remuneração do banco, que me permitiu cursar a faculdade, e, pedindo demissão (um escândalo na época – como alguém se demite do BB?) passei a advogar, por 3 anos.

Convidado por Carlos Luiz Poisl para retornar ao tabelionato, agora como substituto, acabei fechando com ele, que tinha me dito, quando me demiti do primeiro emprego (aos 16 anos, no mesmo tabelionato) – "é uma pena, guri, porque tu levas jeito pra coisa". Pois hoje sou, com muita honra, titular do tabelionato que tinha como comandante exatamente o Poisl.

E aprendi, em todos esses quase 35 anos de convívio com ele, a essência do que é ser notário. Todos os colegas do Brasil, e muitos do exterior sabem do que e de quem estou falando. Exatamente do profissional/referência. Do notário que tem dentro de si, nas entranhas mesmo, arraigada a VOCAÇÃO (palavrinha muito esquecida ultimamente) de BEM SERVIR sua comunidade. De oferecer segurança jurídica ao cidadão, com a melhor qualidade de serviço que se possa prestar. Sendo inovador, ousado até, defensor intransigente da ética e insaciável na busca para uma solução jurídica adequada a cada caso concreto. E estudioso, dedicado, afável e querido com o usuário, com os colegas notários, com os registradores e com todas as pessoas envolvidas na atividade.

Passado dos 80 anos, ainda freqüenta o sempre seu tabelionato de Novo Hamburgo (sim, porque naquelas paredes e naquele ar, ainda respiramos a sua sabedoria, sua bondade e sua simplicidade), e escreve, quase diariamente, no nosso grupo de discussões, o consagrado e pioneiro "cartoriobr", nos deliciando com suas opiniões firmes e bem humoradas, além de reveladores de profunda sabedoria.

Pois amigos, com esse espírito e inspiração, quero renovar minha fé em nosso notariado, acreditando que, com todas as modificações que virão, inexoravelmente, nada vai afastar-nos da verdadeira missão de prestarmos o melhor serviço ao cidadão, propiciando segurança jurídica e contribuindo, decisivamente, para a PAZ SOCIAL.

2009 – O ANO DO NOTARIADO BRASILEIRO – "SE O TABELIÃO BRASILEIRO NÃO SALVAR SEU NOTARIADO, NINGUÉM MAIS O FARÁ" – Carlos Luiz Poisl.

 

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