Paciência

 

2018 chegou! Na velocidade de um raio, 2017 cruzou a linha de nossas vidas, abrindo as portas para um novo ano.

As relações andam cada vez mais dinâmicas. Se assim o optar, uma pessoa pode resolver praticamente todas as suas demandas por um clique.

Operações bancárias, pedidos a prestadores de serviços, rotas para viagens, obtenção de conhecimento em cursos, compras… esqueça o bom dia ou boa tarde, aquele olhar atento para entender a necessidade de um ser humano, vinda de seu íntimo, afinal de contas, “os olhos são as janelas da alma”. O deslizar frenético dos dedos em uma tela concentra toda a carga de pessoalidade até então existente, reduzindo-a a um nada.

Como consequência, o viver de verdade passa a ser um emaranhado de lamúrias, comparando a “morosidade” da vida real, com a “rapidez” do mundo virtual.

Explico melhor. Recentemente estive em um estabelecimento comercial, e me espantei com a inquietação de duas pessoas que se encontravam atrás de mim em uma fila, pelo simples fato do fechamento de uma compra estar levando tempo de aproximados 5 minutos. “Que absurdo! Essa demora está impossível!”, bradavam, enquanto mexiam incessantemente em seus aparelhos telefônicos.

Em outros artigos, já tivemos a oportunidade de avaliar o dilema modernidade versus viver pautado em preceitos de respeito e serenidade, sempre demonstrando que os cartórios estão aptos a contribuírem com a sociedade tanto no mundo real, como no mundo virtual. O exemplo mais palpável é a ata notarial, inquestionável meio de prova.

Não há aversão à modernidade, mas um pedido para que a mesma não elimine o lado bom de viver, as relações entre as pessoas, as quais são de suma relevância. Não deixemos que toques/cliques, obviamente mais céleres do que uma relação entre humanos, ditem o ritmo da vida; tal ritmo deve ser embalado por sorrisos, olhares, apertos de mão e por aí vai…

“E o mundo vai girando cada vez mais veloz.
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós.
Um pouco mais de paciência” (Lenine).

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