As Máquinas Vão Nos Substituir?

 

* Angelo Volpi Neto.


São previsões que, fundamentam-se na nanotecnologia – construção de computadores minúsculos como as moléculas – apostando que nossos cérebros serão copiados nos mínimos detalhes permitindo reprodução em máquinas.

A bem da verdade, é para nós impossível acreditar que as máquinas serão tão perfeitas como o ser humano. Chegarão perto, não temos dúvidas, entretanto é bom lembrar que só fazem o programado e não terão jamais criatividade.

Atualmente várias decisões já são tomadas por máquinas, muitas sem que sequer possamos perceber, são computadores decidindo quanto tempo um semáforo fica aberto, qual a melhor aplicação financeira, aterrisando um avião, etc,.

Cada vez mais delegamos atribuições e conseqüentemente, nos envolvemos com os computadores, como se fosse um caso mal resolvido, daqueles que vai para o caixão. Falar com ele já não é tido como comportamento estranho, mesmo porque no fundo, ainda acreditamos que – como nossa velha torradeira -, uma boa pancada junto com um xingão sempre resolve o enguiço.

Não podemos negar que, muitos de nossos velhos problemas foram resolvidos pela tecnologia, apenas que, ainda não somamos os novos que ela mesma nos criou. Antigamente bastava ter um talão de cheques no bolso para se sair pelo mundo, hoje sem o “magnético” e a senha, nem ao futebol dá prá ir.

O famoso reconhecimento de firma em cartório será em breve, remoto, tal como os serviços bancários, feito desde sua casa ou escritório. Grande conforto e economia – mudou o jeito para se resolver um velho problema: não ser enganado pelo ser humano. Só que o velho problema continua, porque o ser humano, não vai mudar tão cedo e assim como as máquinas, nunca alcanção a perfeição. O novo, no caso de fazer-se tudo remotamente, talvez seja o sedentarismo ou isolamento, ainda bem que o pão nosso de cada dia, obriga-nos a ir a panificadora.

O grande dilema que vemos nisso tudo é que, se delegam cada vez mais decisões às máquinas, e assim como no caso das calculadoras – que nos embotam matematicamente – os homens tendem a desaprender funções básicas e o mais grave, eximir-se de responsabilidade.

Ou então, no dia que máquinas poderosas dominarem totalmente ambientes automatizados – que por sua vez estão interligados com inúmeros outros -, um “bug” poderá trazer um daqueles “grandes problemas” que nunca imaginávamos.

Quando não existia energia elétrica ninguém sabia o que era um blecaute. Se a máquina de café quebrar, não há café. Não funcionou, atribui-se “ao sistema”, porque os computadores não acusam os humanos.

Aliás, o dia em que inventarem o software de “jogo de cintura”, os robôs serão todos políticos proeminentes e talvez bem melhores do que os que temos soltos por aí atualmente, pois serão ao menos, melhor previsíveis.

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