carregando ...
logo-menu Notários
logo-whatsapp WhatsApp

Comércio Eletrônico amplia número de e-consumidores e alcança faturamento inédito

Dados da 24ª Edição do WebShoppers que apontam crescimento no comércio eletrônico e faturamento de R$ 8,4 bilhões no primeiro semestre de 2011 foram divulgados durante coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (16.08), em São Paulo.

O comércio eletrônico brasileiro apresentou crescimento no primeiro semestre de 2011, com faturamento de R$ 8,4 bilhões em bens de consumo via web, segundo dados divulgados na manhã desta terça-feira (16.08), em São Paulo, durante evento realizado pela empresa e-bit e pela Câmara Brasileira do Comércio Eletrônico (camara-e.net), que reuniu os principais veículos de comunicação do País.

Durante a coletiva, os organizadores da pesquisa apresentaram o balanço do primeiro semestre, o perfil dos profissionais do comércio eletrônico, dados sobre a segurança virtual e as expectativas para o segundo semestre. "Se olharmos ao redor do mundo, o Brasil desempenha um papel de liderança no processo de desenvolvimento do comércio eletrônico", afirmou Ludovino Lopes, presidente da camara-e.net, durante abertura do evento. "Existem desafios a serem superados, como logística, exportação e internacionalização dos modelos brasileiros, que são de sucesso e inovação e que precisamos entendê-los", comentou.

Comparado ao mesmo período do ano passado, quando o setor de e-commerce apresentou faturamento de R$ 6,8 bilhões, o crescimento foi de 24% em um ano. Para o diretor geral da e-bit, Pedro Guasti, o e-commerce vem evoluindo em alta escala nos últimos anos. "O que estamos presenciando agora é uma consolidação do e-commerce, tendo em vista o grande número de entrantes neste primeiro semestre que contribui para o aumento do faturamento", disse. "Além disso, o e-consumidor está cada vez mais satisfeito com os serviços prestados pelas lojas virtuais, que, por sua vez, estão mais preparadas para atender a crescente demanda de pedidos."

"Apesar da instabilidade econômica que vem afetando os mercados mundiais, a expectativa para o 2º semestre é de que as vendas online no Brasil continuem crescendo", afirmou Guasti.

O relatório aponta que um dos principais acontecimentos nesse primeiro semestre foi o aumento do número de e-consumidores. No período, 4 milhões de consumidores compraram pela primeira vez pelo e-commerce. Com esse número, o Brasil chega a 27,4 milhões de e-consumidores que fizeram, ao menos, uma aquisição pela internet até hoje. O número de pedidos também chamou atenção: 25 milhões em seis meses.

O ticket médio gasto pelos brasileiros neste primeiro semestre, de R$ 355,00, foi menor se comparado ao mesmo período de 2010, que registrou R$ 370. A redução do número pode ser explicada pelo fato do aumento nas compras de eletroeletrônicos como televisão, em função da Copa do Mundo.

A categoria de eletrodomésticos que aparece como a preferida dos consumidores virtuais, com 13% do volume total de pedidos, seguida de perto pela categoria de "Informática" (com 12%) e "Saúde, beleza e medicamentos" (com 11%).

Perfil do e-consumidore e segurança virtual

O diretor de Marketing da e-bit, Alexandre Umberti, explicou que as lojas virtuais tem grande dificuldade em encontrar mão de obra especializada. Das lojas entrevistadas, 63% contrataram profissionais nos últimos seis meses, sendo que 79% dessas acharam que os candidatos não atendiam a todas as habilidades necessárias.

Dados divulgados pela e-bit, com o apoio da camara-e.net, comprovaram que 61% dos novos entrantes no comércio eletrônico brasileiro entre janeiro e junho de 2011 possuíam renda familiar de até R$ 3 mil. A novidade foi a entrada da classe de baixa renda no e-commerce, cerca de 61% dos novos entrantes possuíam renda familiar de até R$ 3 mil.

Sobre a formação dos profissionais, segundo Umberti, o comércio eletrônico demanda um novo perfil de profissionais e algumas escolas começam a apresentar cursos. Para Maurício Salvador, diretor Ecommerce School, parceiro da e-bit na pesquisa específica sobre o perfil dos profissionais atuantes no mercado de e-commerce, as universidades não contemplam disciplinas voltadas para o comércio eletrônico. Ele acredita que até 2014, 34 mil empregos diretos devem ser gerados no setor.

No assunto da segurança virtual, foi realizado um estudo durante os dias 27 e 29 de julho, que contou com a resposta de 2.043 e-consumidores de todo o Brasil. Apesar de ainda sofrer com a desconfiança de uma fatia da população, a pesquisa apontou que 81% dos usuários acessam a internet com a finalidade de fazer uma compra online, seja em uma loja virtual, em um clube de compras ou em um site de compras coletivas.

O relatório também revelou que os e-consumidores estão cada vez mais maduros e precavidos em relação à segurança ao consumirem: 69% fazem suas compras de um computador pessoal, enquanto que 27% utilizam a máquina do trabalho para o mesmo fim. Já quando o assunto é a utilização de internet banking, 59% usufruem do serviço de um computador pessoal, ao mesmo tempo em que 34% realizam suas operações bancárias em um computador do trabalho.

Em atenção às perguntas dos jornalistas sobre o desempenho e qualidade das empresas de compras coletivas, o presidente da camara-e.net, Ludovino Lopes, explicou que está sendo feito um trabalho de discussão e autorregulação do setor, iniciado com a criação do Comitê de Compras Coletivas pela entidade.

A camara-e.net vai divulgar, ao longo desta semana, os demais dados apresentados pela 24ª edição WebShoppers.