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Futuro da atividade notarial é apresentado durante 1º dia da XXI Jornada do Notariado Jovem do Cone Sul

Para iniciar as atividades da XXI Jornada do Notariado Jovem do Cone Sul, durante a quinta-feira (29), foram apresentados os primeiros trabalhos do “Tema 2 – Novas atribuições e tecnologia: o futuro da atividade notarial”. Compuseram a mesa os coordenadores Henrique Siqueira, do Brasil, Jéssica Grisel Cabaña, da Argentina, Rafael Buchelli Oliver, do Uruguai, e Sandra Joana Gonzales Rivas, do Paraguai.

“Vamos ter hoje um debate de um tema que tem sido muito recorrente na nossa área. Eu já pude me adiantar e li os trabalhos, e é um tema que tem sido debatido em todos os países que compõem o Notariado Jovem, que é a tecnologia e a influência dessa tecnologia no serviço notarial. A partir daí, vieram vários trabalhos com diferentes enfoques de alguns assuntos que até já foram abordados aqui como, por exemplo, identificação eletrônica, biometria e blockchain”, comentou Siqueira.

De acordo com o coordenador brasileiro, a Jornada proporciona que os notários jovens ouçam diversas experiências de outros países sobre assuntos de extrema relevância. Além da coordenação do Uruguai, Rafael Buchelli Oliver apresentou o primeiro trabalho da Jornada, sobre “Dataísmo & Notariado: Inteligencia Artificial aplicada a la función notarial”. Durante a sua fala, o uruguaio explicou aos presentes como seria possível utilizar essas inovações no dia a dia.

A segunda apresentação foi realizada pelo argentino Andrés Martinez, que abordou o tema “Smart Contract”. O notário jovem explicou as aplicações dos contratos inteligentes na função notarial, e também falou sobre o conceito de um contrato.

Coube ao peruano Carlos Yabar trazer o tema “La identidade legal y firma eletrónica en la tecnologia vanguardista del sistema notarial Peruano al siglo XXI”. Durante a sua abordagem, o notário destacou que as pessoas não têm conhecimento das vantagens que possuem com as novas tecnologias, citando o uso da biometria. Além disso, ressaltou também que a tecnologia por si só não soluciona nada, pois “é necessária estar ligada a um notário”.

Yabar também evidenciou que a tecnologia não irá substituir o notário, porém se não acontecer uma adaptação, os notários se autoextinguirão. De acordo com o peruano, além da responsabilidade que a atividade notarial tem com atos jurídicos, é preciso também olhar para o meio ambiente e se responsabilizar.

“Biometría en línea: Tecnologia de Identificación y Validación de Identidad Ciudadana al Servicio de la Práctica Notarial” foi o tema apresentado pelo colombiano Diego Mauricio Rojas Peña. Durante a sua fala, o jovem notário enalteceu o crescimento que a classe está tendo e refletiu sobre a necessidade de acompanhar as inovações tecnológicas, pois, em um primeiro momento, o notário se sente intimidado com as novas tecnologias.

“É necessário capacitar, porque no começo ninguém sabe de nada, e é para isso que existe a capacitação ou uma espécie de brainstorm. Depois descobrimos que não somos nós que temos que nos adaptar a tecnologia, mas é a tecnologia que tem que adaptar as nossas necessidades”, declarou Peña.

O último tema abordado no primeiro dia da Jornada foi “Blockchain: El nuevo Notario?”, pelo paraguaio Fernando Baez, que acredita que a implementação da tecnologia é de extrema importância para os notários.

“Hoje estamos vivendo uma implementação de tecnologia nunca antes vista desde a criação da imprensa por [Johannes] Gutenberg. Agora estamos vivendo em um País que se faz escrituras digitais e outros atos”, comentou Baez.

A continuação das apresentações dos trabalhos do tema 2 e de todos os trabalhos do tema 1 foram realizadas no dia 30 de agosto.

 

Fonte: Departamento Internacional do CNB/CF
Fotos: Fábio Barbosa