O município Borba, distante 151 km de Manaus (em linha reta), já começa a perceber os benefícios em manter os cartórios judicial e extrajudicial separados fisicamente. A iniciativa por certo não viria sem a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que em julho do ano passado, durante inspeção na Corregedoria Geral de Justiça do Amazonas, fez constar em Ata essa determinação.
Quatro meses depois, em novembro, o escrivão do município, Ivo Almeida, arcou com os custos da separação (cuja soma dos valores aplicados em infra-estrutura ultrapassa R$ 12 mil) e já considera ter sido uma medida acertada.
Para ele a mudança foi muito positiva no que diz respeito a melhoria do serviço prestado tanto por parte do judicial quanto do extrajudicial.
Ivo ressalta que isso tem se revertido, notoriamente, em benefício direto para a população. "Hoje considero que fiz um investimento e não uma despesa (como pensava antes). A qualidade do trabalho melhorou muito com a divisão física dos cartórios", assegura.
Essa melhoria foi de fato percebida pela equipe de correição que em dezembro do ano passado esteve no município.
De acordo com o juiz auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça, Dídimo Santana, o exemplo de Borba deve ser seguido pelas demais serventias. "O nível de organização dos cartórios aumentou muito, as equipes trabalham mais motivadas e com certeza a população está mais bem atendida", avalia.
Dados do município – Borba é uma comarca de Vara Única. Segundo o censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) registra 39 mil habitantes. Diariamente são emitidos 25 atos pela serventia extrajudicial e semanalmente realizadas em média 20 audiências no cartório Judicial.
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