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13/04/2022 – CNB/RJ – “Nós acreditamos que mulheres empoderam mulheres. A força do exemplo é uma marca do 15° Ofício de Notas”

Cartório 15 é o mais novo signatário do Women Empowerment Principles, da ONU Mulheres

Cartório do Rio é signatário dos Princípios de Empoderamento das Mulheres |  Ancelmo - O Globo

Equidade, princípio de proporcionalidade entre homens e mulheres no ambiente de trabalho tradicionalmente ocupado por homens. Estes termos são parte da rotina do 15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro, liderado pela tabeliã Fernanda Freitas e já engajado em promoções de políticas públicas direcionadas ao aumento da participação feminina no âmbito corporativo e social.

O CNB/RJ – Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio de Janeiro conversou com a tabeliã da serventia, Fernanda de Freitas Leitão, sobre a adesão do Cartório 15 aos Princípios do Empoderamento das Mulheres, um conjunto de considerações que ajudam a comunidade empresarial a incorporar em seus negócios valores e práticas que visem à equidade de gênero e ao empoderamento de mulheres, criados pela ONU Mulheres e o Pacto Global

Confira a entrevista na íntegra:

CNB/RJ – O 15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro é uma serventia engajada em causas e iniciativas sociais direcionadas ao empoderamento feminino. Dos 15 coordenadores colaboradores do cartório, 11 são mulheres. O que representa para o cartório ter tantas lideranças femininas nos dias de hoje?

Fernanda Freitas – Aumentar a participação feminina em cargos que destaque, num espaço que tradicionalmente só era ocupado por homens, é mais uma forma de promover o engajamento das colaboradoras na atividade notarial e proporcionar um espaço mais igualitário. 

CNB/RJ – São 622 empresas brasileiras que fazem parte do WEP – Women Empowerment Principles. Como se deu o processo de inclusão do cartório 15 como signatário da iniciativa?

Fernanda Freitas – Os sete princípios foram criados pela ONU Mulheres para fortalecer e ampliar os esforços mundiais em defesa dos direitos das mulheres no âmbito corporativo e social. 

A decisão de aderir aos princípios se deu com o crescimento do cartório e a necessidade de promovermos um ambiente inclusivo, onde todos os colaboradores se sintam valorizados e respeitados.

Nós acreditamos no papel norteador desses princípios para avançar em nossas ações de diversidade e inclusão, que agora são baseadas em práticas reais de negócios em todo o mundo.

CNB/RJ – Dentre os sete princípios listados, dois deles referem-se à promoção da educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres; e o apoio ao empreendedorismo de mulheres e promoção de políticas através das cadeias de suprimentos e marketing. Quais ações estão sendo planejadas pelo 15º Ofício de Notas na implementação desses princípios na prática?

Fernanda Freitas – As ações ainda estão sendo estruturadas. Esse é o dever de casa mais prazeroso da nossa gestão, pois estamos conversando com os nossos colaboradores, sobre como podemos melhorar ainda mais o cenário corporativo interno atual.

Desde o início da pandemia, o cartório vem intensificando as suas iniciativas sociais e tem se destacado na condução de projetos que promovem a inclusão social no Rio de Janeiro, ao lado de instituições como RioSolidário e Pro Criança Cardíaca.  Também somos um dos apoiadores da Associação de Mulheres Empreendedoras do Brasil, projeto que já formou cerca de 30 mil pessoas, sendo 70% mulheres em profissões como costureiras e aderecistas.

CNB/RJ – O mundo mudou e já avançou muito no que diz respeito a importância do debate sobre a representatividade nas empresas, não só das mulheres, mas também em prol de pessoas LGBTQIA+. Ainda assim, as mulheres continuam enfrentando, de forma sutil e silenciosa, o preconceito em forma de desigualdade no mercado de trabalho. Como a primeira tabeliã de um cartório do Rio de Janeiro enfrentou essas resistências ao longo de sua vida profissional?

Fernanda Freitas – A mulher cresce rodeada de muitas críticas e preconceitos, numa sociedade machista e patriarcal. Quando escolhe uma profissão, majoritariamente masculina, no mínimo causa muita estranheza. Mas sempre fui movida pela sede do saber, e me tornei uma pessoa extremamente focada no que é importante, no que estou fazendo no momento, e bem desligada para o resto.

Por ser tabeliã e conviver muito no meio jurídico, as pessoas se espantam quando eu trato de forma muito aberta meu casamento com outra mulher. Mas a verdade é que não vejo o menor sentido em esconder algo que é tão natural e verdadeiro para mim.

Pelo contrário, acho até engraçado quando as pessoas me questionam sobre como é ser gay assumida no meio jurídico. Ora, um dos pilares mais importantes do Direito é a dignidade da pessoa humana e o princípio da busca da felicidade.

Não muito diferente do que busquei na minha vida pessoal, é meu desejo, como representante de um forte grupo de mulheres, que todas elas sejam protagonistas de suas carreiras. 

CNB/RJ – Trabalhar e atuar em uma instituição liderada por duas grandes mulheres já é por si só inspirador para outras mulheres, mas quais políticas voltadas para elas já são adotadas pela serventia e quais você destacaria entre as que mais deram resultado?

Fernanda Freitas – Nós acreditamos que mulheres empoderam mulheres. A força do exemplo é uma marca do 15° Ofício de Notas, por isso colocamos em prática uma estratégia de inclusão feminina em nosso quadro de funcionários. Hoje as mulheres representam 43% de um time com 259 colaboradores, com equidade de remuneração e oportunidades.

No ano passado, fizemos uma parceria com o Senac para atualização e desenvolvimento de novas habilidades dos profissionais. Foram cursos de capacitação profissional e workshops nas áreas de atendimento ao cliente, libras, gestão & liderança, marketing e inteligência emocional, que possibilitaram o engajamento das profissionais em diferentes níveis hierárquicos e áreas de atuação.

Quer saber mais?

Confira os 7 Princípios do Empoderamento das Mulheres: 

1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.

2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.

3. Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.

4. Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.

5. Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.

6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.

7. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.

Para aderir, acesse: http://www.onumulheres.org.br/referencias/principios-de-empoderamento-das-mulheres/

Fonte: Assessoria de Comunicação/ CNB/RJ