Não é fácil ser pobre.

 

Não é fácil ser pobre

O Jornal O Estado de São Paulo, anuncia, em sua primeira página, no dia 12 de janeiro de 2010, que o “Governo reduz etanol na gasolina para segurar preço”, o objetivo é conter o aumento do preço do álcool, mas a medida terá o efeito colateral de aumentar o preço da gasolina em  2 ou 2,5 por cento.

Quem ganha com isso é o proprietário de carro com motor flexível, uma relativa novidade no setor automobilístico.

Em resumo: quem tem um carro “semi-novo” ou quem tem um carro muito velho vai ser penalizado com o aumento do preço da gasolina, único combustível aceito pelo seu veículo. Exceção apenas para uma pequena fração do mercado composta por aqueles veículos originalmente a álcool, tipo de veículo produzido na década de 80 e 90 e que já sumiram do mercado há muito tempo.

Mais uma vez uma regra se repete. Medidas do governo beneficiam quem precisa menos (classe alta e média-alta) e termina por prejudicar uma parcela maior da população e que precisaria mais de algum auxílio governamental,  a classe baixa ou média-baixa.

Já assisti este filme: quando, no final dos anos 80, abastecer com álcool era vantajoso, minha Brasília, com mais de 15 anos de fabricação, rodava à gasolina. Depois, quando o álcool sumiu do mercado, seu preço subiu, o petróleo baixou e era mais vantajoso abastecer o carro com gasolina, meu Santana (10 anos mais novo que a Brasília) rodava a álcool… 

Não é fácil ser pobre.

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