Comentário em verso sobre a MP459/09
Comentário em verso sobre a Medida Provisória 459/09
(a prosa, fica para outra hora)
Ingrata surpresa recebida
Medida de pressa desmedida
Um peso nos ombros da gente
O Presente ofertado pelo presidente.
Enfrentando a falta de casa própria
E toda irregularidade fundiária
A nova medida provisória
Vitimou, na mesma hora
Deixando à própria sorte
Ferida quase de morte
A cautela que é preciso
Para mudar o público registro
Sem um tempo para pensar
Sem prazo para estudar
Ficaram em apuros
Os registradores e os notários
A classe notarial e registral
Chamada de parceira pelo governo federal,
Neste pacote recebido, sem aviso e de surpresa
Recebeu a incumbência de pagar toda despesa
Ao notário e oficial de registro
Trabalhar quase de graça será preciso
Mas para o banqueiro e empresário
Não existe o mesmo encargo
Mais respeito com o delegatário
Era realmente necessário.
E mais debates e muito mais cuidado…
De autoritário, o governo será chamado.
Publicado o texto no Diário
É oficial, não provisório
Pressionado pelo povo e empresário
O Congresso vai votar mais apressado
Mas se lá no frente, no plenário
Discutido e comentado
Tal projeto for rejeitado
O prejuízo estará consumado.
Coitado do oficial imobiliário
Infeliz do pobre do notário
Ser delegatário não é mole
E confiar no governo não se pode
No Planalto em Brasília
Morreu um pouco neste dia
Com a edição de tal medida
A própria democracia.
Quem diria!!!! mais risos para hoje….
Muito bom Marco, pena ser real esse autoritarismo camuflado em uma medida “social” provisória.
Esse Brasil é muito extenso. Na introdução do Marco, na poesia matonense lê-se:
“Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão…”.
Já na Rússia onde fui criado era assim:
“Batatinha quando nasce esparrama pelo chão, um amor longe do outro é de doer o coração…”
A troca da expressão “espalha a rama” por “esparrama” parece natural, dada a distância entre a Rússia, no interior do Rio Grande do Sul, e Matão, no interior de São Paulo.
E poesia é sempre lindo!
O Marco,
Ao menos tu já tens como ganhar o pão!! Grande poeta, uma delícia de ler, humor e vida, humor é vida.
Se espalha a rama ou esparrama
Não é o mais importante
Espraiar seria próprio
Por esse país gigante.
Responsabilidade social precisamos
Energia pra contribuir
Mas enfiar güela abaixo
Com suposta parceria
Cheira até a fantasia.
Ou será bode na sala
Pra depois tirar só o cheiro?
Ah meu Brasil altaneiro
De tantas belezas e lutas
quando seremos sinceros
e honestos na disputa?
…fico por aqui, caro Marco, pois as imagens de Lima, e de todo esforço que fazemos, internacionalmente, para assegurar os melhores serviçoçs aos cidadãos, por vezes “levam tanta lambada”, que chegamos a tontear.
Mas não “tá morto quem peleia”, e “não vamu se entregá prus homi”.
O ANO DE 2009 É O ANO DO NOTARIADO BRASILEIRO.
Poesia a parte, parece que ninguem atentou para o art. 42 da citada MP 453 que obriga os registradores imobiliarios a repassarem ao Governo Federal todos os atos praticados em seus cartorios desde a criação da Lei 6015/73. O que vem por tráz disso??? Com certeza boa coisa não é……
Me desculpem, queria dizer MP 459/09
Você, sempre meu exemplo a se seguir!
E não discuta, nem discorde, serei eternamente sua fã número um!
Um gênio, um amor, indiscutívelmente o melhor pai do mundo!…
Nã foi poético como o seu, mas é de todo coração!
Definitiva a medida?
Ou provisória razão?
Mas, certa e iludida,
Outra sorte foi ao chão.
Tal projeto, como está,
não dará solução.
Utopia do governo,
distribuir moradias.
Com baixo custo, não se paga,
nenhuma estadia.
Mesmo fazendo cortesia
com chapéu alheio.
Tal Medida merece
todo reparo e correção,
pois o Povo todo padece
é de trabalho e solução.
Conta não é do Tabelião,
que precisa de proteção.
Respondi, no cair da noite, também em versos cromos, a fim de dar a contribuição para pensarmos sobre a Medida Provisória, no sentido de levarmos propostas de modificação da mesma. Ainda há tempo? A conclusão que posso tirar de tal medida é que o Governo não deve atingir o esperado. Há muito que fazer e não depende apenas dos registros e das notas. E os Prefeitos? O que farão? Há muitos municípios deixados ao descaso. Áreas de riscos invandidas, outras abandonadas. Falta de estrutura urbanística de toda espécie e os cartórios não podem fazer nada por este descaso administrativo.
Recentemente, vendi um lote, numa cidade do interior de Minas, em uma área que reputava de boa valorização, por uma migalha de R$ 2.500,00, porque não tinha sido incrementado os instrumentos urbanísticos, como redes de esgotos, saídas pluviais, pavimentação de rua. O Município aprovou o loteamento e não fiscalizou o empreendimento citado. Nele, outro morador comprou diversos lotes, transformando-os em uma pequena fazenda em parte urbana. Pasmem!
O descaso é total. Os notários e registradores não têm solução do problema que encontram diversos municípios. Imaginem a baixada fluminense.
O Projeto lançado ainda é utópico.
Enquanto isso, nós podemos implantar nosso Banco de Informações integradas Registros e Notas.
Pensem nisso!!!
ERRATA: – No comentário acima, leia-se: ” … porque não tinham sido incrementados os instrumentos urbanísticos …”